Dicas

Que frigideira comprar?

Comprar uma frigideira que nos acompanhe nas tarefas do dia-a-dia na cozinha pode levantar algumas questões. É por isso que pretendemos ajudá-lo a decidir qual comprar, tendo em conta as melhores prestações de cada uma das frigideiras que temos à venda na nossa loja. Todas as referências apresentadas foram testadas por nós, e é por isso que lhe damos total garantia de satisfação.

Invista em qualidade e compre frigideiras que durem muitos anos

De certeza que já lhe aconteceu comprar frigideiras e ter que as deitar fora pouco tempo depois, porque o revestimento antiaderente estava riscado, ou porque o cabo começou a soltar-se, ou porque a comida começou a ficar agarrada. Nós partilhamos a opinião de que deve investir-se em poucos utensílios de cozinha, mas de qualidade, e as frigideiras não são excepção.

Na nossa loja pode encontrar frigideiras de vários tipos, marcas e preços, mas que têm algo em comum: irão durar vários anos. Todas têm garantia do fabricante, pelo que, se as tratar bem, irá cozinhar com elas durante muito tempo e, algumas delas, chegam a passar de geração em geração.

Quando pensar em comprar frigideiras novas, deve ter alguns pontos bem definidos, tais como se vai utilizar a frigideira apenas para um tipo de preparação, por exemplo ovos, legumes, carnes, saltear, fritar… ou se, pelo contrário, o que pretende é uma frigideira versátil na qual possa preparar praticamente de tudo.

Recordamos-lhe a importância de verificar a compatibilidade da frigideira em questão, por exemplo, com placas de indução, gás, forno, para que, se um dia mudar de cozinha, esteja prevenido. Recomendamos, se pretende uma frigideira que se adapte a todas as preparações, que compre uma frigideira antiaderente, pois reduz a utilização de gorduras e são muito fáceis de limpar e manter.

Independentemente dos materiais, marca ou tamanho, todas as referências que lhe apresentamos têm garantia do fabricantes, o que por si só demonstra a segurança que as marcas detêm nos seus produtos.

Nos restaurantes e cafetarias, os cozinheiros profissionais costumam preferir frigideiras sem revestimentos antiaderentes, como por exemplo as de aço inoxidável ou ferro, que têm uma excelente condução do calor permitindo, por exemplo, selar carnes em poucos minutos, e transmitem o sabor da cozinha mais tradicional. Temos ainda frigideiras em ferro fundido, ideais para cozinhados mais lentos, que permitem extrair todo o sabor dos alimentos.

Uma boa cozinha deve contar com, pelo menos, uma boa frigideira antiaderente para receitas com pouco óleo  e outra para receitas que precisam de temperaturas mais elevadas para a sua confeção, como as fabricadas em ferro ou aço inoxidável.

Transcrição de um artigo publico:

Madalena Haderer

“A vida tornou-se indiscutivelmente mais fácil com as frigideiras antiaderentes. De horas esquecidas gastas a remover gordura seca com um esfregão de arame, passámos a poder lavá-las com uma simples passagem de esponja suave com detergente. E, claro, como não agarram a comida, usamos menos gordura para cozinhar os alimentos. Tudo coisas boas, certo? Errado. A conveniência, como quase tudo na vida, tem um preço e parece que, neste caso, é demasiado caro. Sucede que frigideiras e panelas antiaderentes contêm substâncias perfluoroalquiladas (PFAS) e bisfenol A (BPA), também conhecidos como "químicos eternos" porque não se degradam, acumulando-se nos organismos vivos e no ambiente. E estão cientificamente associados a patologias como o cancro, doenças renais, problemas hepáticos, defeitos congénitos e a outros problemas de saúde graves. 

Os PFAS são uma grande família de químicos – ninguém sabe ao certo quão grande, mas estimativas apontam para a existência de 15.000 compostos diferentes ou mais. Cada um contém uma ligação flúor-carbono que lhe confere as propriedades singulares de ser resistente a manchas, à gordura e à água. Já o BPA pertence a uma categoria completamente diferente de químicos, que são utilizados no fabrico de plásticos de policarbonato rígidos. Esta substância também está presente no revestimento protetor das latas de conservas – incluindo latas de refrigerantes – bem como selantes dentários, brinquedos de plástico e outros produtos.

Por outro lado, na plataforma The Conversation – que une académicos e jornalistas que divulgam notícias e análises baseadas em investigação –, Daniel Drage, professor de saúde ambiental na Universidade de Birmingham, diz que o maior perigo dos PFAS ocorre "quando as frigideiras aquecem muito, ficam arranhadas ou a superfície começa a ficar desgastada, facilitando a migração destes químicos para os alimentos que estão a ser preparados". Para este especialista, é excessivo deitar as frigideiras fora, todas de uma vez, mas "assim que o revestimento começar a descascar, devem ser substituídas por opções livres de PFAS, como cerâmica, aço inoxidável ou ferro fundido". 

Se tem acompanhado com estranheza o ressurgimento das pesadíssimas panelas, caçarolas e frigideiras de ferro fundido, fica aqui explicado o motivo. E talvez não seja má ideia pôr-se na fila para comprar uma ou outra.”

Fonte: sapo.pt publicação de 19-02-2023

É verdade que as panelas e frigideiras antiaderentes são perigosas para a saúde? 

A utilização das panelas e frigideiras antiaderentes na confeção de alimentos não constitui, aos dias de hoje, um perigo para a saúde. 

Em primeiro lugar, existe pouca evidência científica que sugira que os PFAS sejam absorvidos pelos alimentos durante a confeção em quantidades suficientes para causar problemas de saúde ou para potenciar um aumento do risco de cancro. 

Além disso, o uso de ácidos perfluorooctanóicos (PFOA) na produção de utensílios de cozinha está proibido tanto nos Estados Unidos da América quanto na Europa, pelo que as frigideiras atualmente comercializadas nestas regiões não contêm esta substância. Logo, são consideradas seguras.

Sociedade Americana contra o Cancro sublinha que “não existem provas de que o uso dos produtos [que contêm PFAS] seja um risco para os seres humanos”. 

A organização garante que, mesmo tendo os PFAS terem sido “usados para produzir os revestimentos” destes utensílios de cozinha, as substâncias “não estão presentes nos produtos finais (ou estão presentes em quantidades extremamente pequenas)”.

A proibição do uso PFOA nos Estados Unidos e na Europa

Devido às preocupações ambientais e aos potenciais riscos para a saúde associados aos PFOA, os Estados Unidos da América e a Europa proibiram a utilização destas substâncias na produção do teflon. Por isso, atualmente, os PFOA já não entram na produção de panelas e frigideiras comercializadas nestas regiões do mundo.

É por este motivo que, muitas vezes, nas embalagens e nas descrições dos utensílios de cozinha antiaderentes se encontra a seguinte referência: “livre de PFOA”. 

Os PFOA foram substituídos por HFPO (óxido de hexafluoropropileno), mais conhecido como GenX. Segundo a Sociedade Americana contra o Cancro, “estes químicos não existem há tempo suficiente para os investigadores compreenderem completamente se podem ter os mesmos (ou até diferentes) efeitos na saúde”.

Por serem moléculas muito estáveis, os PFAS mantêm-se no organismo humano durante muito tempo. A comida é uma das principais fontes de exposição a PFAS (seja pela contaminação dos solos ou pelo contacto com embalagens alimentares), mas também a ingestão de água.

Sociedade Americana contra o Cancro informa que já foram encontrados PFAS na corrente sanguínea dos humanos, em praticamente todo o mundo. No entanto, os níveis mais elevados foram encontrados “em comunidades onde o abastecimento de água local foi contaminado por PFAS” ou em grupos de pessoas que foram “expostas a PFAS no local de trabalho”.

O PFOA, em concreto, pode ser encontrado em baixos níveis na comida, na água e no pó doméstico. A ciência tem-se focado nos efeitos do PFOA para a saúde, uma vez que, antes das proibições entrarem em vigor, era a substância do grupo dos PFAS mais utilizada.

De facto, os PFOA estão identificados como “possivelmente cancerígenos”, no grupo 2B (que representa baixa probabilidade cancerígena para o Homem), segundo a classificação do Centro Internacional de Investigação sobre o Cancro (IARC, na sigla inglesa), que faz parte da Organização Mundial de Saúde.

Uma das principais preocupações em relação aos utensílios que continham estas substâncias era a possibilidade de que, durante a confeção, os químicos PFAS – em particular os PFOA – se separassem da camada antiaderente e contaminassem os alimentos. Esta separação poderia ser potenciada pela utilização de temperaturas extremamente altas.

Um artigo publicado em 2017 avançava que temperaturas “superiores a 260ºC” poderiam levar a resina do teflon a produzir “vapores de polímero no ambiente de trabalho”. Se a temperatura ultrapassar os 400ºC, ocorreria a “pirólise [decomposição química do material] do PTFE (teflon)”.

Os autores do referido artigo sublinhavam ainda que “apenas alguns estudos descrevem a toxicidade do PTFE, mas sem conclusões sólidas”, sendo que as consequências da ingestão deste componente “também não são compreendidas” pela ciência.

Por outro lado, vestígios de PFOA foram “detetados em gás libertado pelos utensílios de cozinha em temperaturas normais de cozedura”.

Quais os sinais de que deve deitar fora as panelas e frigideiras?

O desgaste e degradação da camada antiaderente pode levar a um aumento do risco de exposição aos componentes químicos que a compõem. “Quando o material apresenta desgaste, o risco de contaminação aumenta e, por isso, deve ser trocado.

É importante reconhecer quando os utensílios devem ser mudados: uma panela ou frigideira que apresente uma grande quantidade de riscos, cuja camada antiaderente esteja a desfazer-se ou onde sejam visíveis zonas descoloradas mais escuras pode já não estar em condições para a confeção de alimentos. 

Por forma a evitar a degradação da camada antiaderente, deve-se evitar o uso de utensílios de metal para mexer a comida, optando-se pelos utensílios de silicone ou madeira. Além disso, é também importante seguir as “boas práticas de higienização e ter em conta as indicações dos fabricantes.

Em suma, não há evidência científica suficiente para afirmar que o uso de panelas e frigideiras antiaderentes represente um perigo para a saúde. Além disso, as substâncias que levantavam preocupações pelos seus potenciais riscos para a saúde já não são utilizadas na produção destes utensílios de cozinha tanto na Europa quanto nos EUA.”

Como referido, uma boa frigideira antiaderente fará falta, será necessária e útil para preparar um ovo, para preparar pequenos almoços com rapidez e de fácil limpeza; para a  preparação de outras refeições: de carne, de peixe, para fritar, grelhar, selar, cozer, temos na nossa loja alternativas de qualidade superior e de segurança assegurada.